Quando terminou o primeiro tempo em Bragança a sensação que se tinha era a de que o Braga foi jogar e o Palmeiras passear.
O RB Bragantino jogou e o Palmeiras assistiu, talvez ao sentir os efeitos do começo da temporada, perna pesada, essas coisas.
Fato é que o time da casa pôs o Palmeiras na roda e saiu com apenas 1 a 0, gol de Uillian Correia, aos 34 minutos, porque falhou algumas vezes na última bola.
Num gramado perfeito (parabéns à FPF porque é regra no Paulistinha), os anfitriões deram show de bola, mesmo sem o ex-palmeirense Arthur, que seria uma das atrações, mas está machucado.
Em compensação, o ex-corintiano Claudinho engolia a bola.
Para o segundo tempo estava na cara que o homenageado Vanderlei Luxemburgo, de volta à cidade que o revelou em 1990 com o título estadual, poria Zé Rafael e Willian Bigode no jogo.
Porque o 1 a 0 estava muito barato e dava para virar.
Os dois entraram e Wesley e Gabriel Menino saíram.
Nem bem o segundo tempo começou e o também ex-goleiro corintiano Júlio César defendeu o que seria o empate, em chute de Luiz Adriano, depois de erro em saída de bola da defesa.
No contra-ataque, Zé Rafael fez pênalti em Edmar, que recebeu ótimo lançamento de Claudinho, e Ytalo fez 2 a 0, aos 4′.
O placar fazia justiça ao jogo e testaria a capacidade de reação do Verdão.
Mas o Palmeiras, enfim, jogava.
E pressionava o Braga, mais recuado, em busca de jogar nos contra-ataques.
Tinha sido bom o jogo no primeiro tempo do Bragantino e era bom no segundo, do Palmeiras.
Bolas zuniam rente às traves anfitriãs e só faltava o gol para botar fogo no jogo.
Mas, quando em vez, o Braga ameaçava.
Passada a metade da etapa final, Luxemburgo pôs Gustavo Scarpa, logo depois de Luiz Adriano deixar, de letra, Dudu na cara do gol e ele perder, de maneira simplesmente inacreditável. Saiu Victor Luis.
Aos 31′, pênalti de Edmar em Willian Bigode, depois de bobeada do lateral, que deveria ter sido expulso e foi poupado pelo assoprador de apito.
Dudu bateu e diminuiu.
Pronto! Estava aberta a possibilidade do empate e o jogo pegava fogo.
A entrada de Scarpa dava resultado e o Palmeiras tinha o jogo nos pés.
Mas o tempo passava…
O Braga ia ganhando seu primeiro jogo no Paulistinha e o Palmeiras perdendo a invencibilidade, na quarta rodada.
Quatro minutos de acréscimos.
Mesmo que o Palmeiras perca, não há por que soar nenhuma corneta.
E perdeu. Basicamente pelo péssimo primeiro tempo.
E porque o Bragantino jogou demais no primeiro tempo.
Uma sucessão de escanteios não mexeu no placar, diante de 9.866 pagantes.
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